Os Álbuns e EPs essenciais do ano 23

 Os Álbuns e EPs essenciais do ano 23

Sem pódio, sem números…
um melhor que o outro!

Cinco anos após a primeira parceria entre o @maisbrasil e a @escutaqueebom, estamos de volta com nossas listas pra zerar o que foi produzido no Brasil durante o ano. 2023 foi o retorno quase que definitivo ao normal, com shows pipocando de norte a sul do país e muitos trabalhos lindos da música brasileira lançados, expressando a diversidade das nossas culturas.

Talvez tenha sido o ano da consolidação do Pop Brasileiro e observando as indicações de prêmios e conquista de novos espaços no mainstream, as “brasilidades” estão com mais força do que nunca, quebrando barreiras. Destaque também para o R&B e os Afrobeats, que ditaram o ritmo. Música preta no topo!

Selecionamos 100 Álbuns e EPs, de nomes conhecidos e promessas, pra você dar check na sua lista. A ideia aqui não é criar um ranking como fazem por aí, mas apresentar os mais diferentes gêneros e estilos e também observar as regiões do país e sua produção musical, fugindo da grande indústria para garantir protagonismo aos mais diferentes circuitos e mercados do nosso país.

No final desse post tem a área de comentários pra você indicar mais álbuns. Você também pode fazer isso no @portalmaisbrasil.

Bora lá?!

IZA – AFRODHIT

Ela conquistou o país em 2017 com seu hino “Pesadão” e desde então nunca mais saiu das playlists da família brasileira. Esse ano surpreendeu ao estrear nova fase da carreira e convidou nomes de peso para compor seu álbum: Djonga, MC Carol, Russo Passapusso, Lennon, King Saints e a nigeriana Tiwa Savage. Com maioria das músicas produzidas pelo gênio Douglas Moda e também assinaturas de Papatinho, Pablo Bispo, Ruxell, Nave e outros mágicos do som. Um trabalho que demonstra toda potência de Iza e sua capacidade de se reinventar e entregar conceito e profundidade, reforçar na musicalidade suas raízes e inspirações, tudo isso sem abrir mão do Pop.

YOÙN – UNICÓRNIO

Não é novidade pra quem está ligada na música brasileira que Shuna e Gian Pedro são fenômenos, mas talvez você ainda não tenha sido apresentada… chegou na hora boa! Em “Unicórnio” não dá pra falar sobre maturidade ou evolução, já que desde os primeiros trabalhos o nível de requinte, profissionalismo e talento foram comprovados e se mantém em alto nível. No álbum do ano uma aventura por sonoridades que os cria da Baixada Fluminense já estavam ensaiando entre o Jazz, o Soul e o R&B. Ultrapassando as fronteiras dos gêneros e se jogando ainda mais na pista, sem perder a sensualidade.

MATEUS FAZENO ROCK – JESUS Ñ VOLTARÁ

Uma das grande revelações do ano vem direto de Sapiranga, perifa de Fortaleza, e aguçou a curiosidade até dos críticos mais conservadores. Chamando sua mistura musical anárquica de “rock de favela”, Mateus promete fazer muito barulho daqui pra frente, com investidas no grunge, punk, funk, rap, reggae, dub e R&B ou quantas forem as referências necessárias para expressar sua arte e manifestar suas vivências. Em conversa com a Noize o artista revela o âmago de sua obra: “um contraponto às formas hegemônicas de criar música”.

MARINA SENA – VÍCIO INERENTE

De primeira ela atingiu como um míssil até os territórios mais blindados da música. Depois voltou pra conferir se tinha feito o impacto que desejava. E sim, deu certo. Não pelos números conquistados, nem só por ser presença garantida nos palcos dos principais festivais do ano, incluindo The Town cantando Gal e Primavera Sound, quando todo mundo já estava inerentemente viciado. Mas pela consistência de seu trabalho ao lado de Iuri Rio Branco e a ousadia do salto de um álbum tropical, com muito sol e suor, para outro noturno e cosmopolita, apostando em beats, camadas e outros elementos eletrônicos que conferiram ar futurista e planetário à sua música. Mas ela promete voltar…

KAÊ GUAJAJARA – ZAHYTATA

Quem diria que a música originária de Abya Yala se aventuraria pelo Hip Hop, o Trap, o Funk e o Pop de forma tão magistral? Kaê não só disse, como realizou. E não está aqui sozinha, mas representando vários povos e aldeias que, apesar de distantes da favela onde nasceu a cantora no Rio, permanecem conectados pela ancestralidade e as realidades enfrentadas até hoje. O que se reflete nas letras e também na sonoridade guerreira de Kaê. Um álbum que não propõe uma chegada, mas o início da jornada para desbravar as matas e florestas do Brasil de verdade.

BABI JAQUES E LASSERRE – SÓIS

Se prepare pra se jogar no Cosmos e nunca, nunca mais voltar. Mas não se preocupe… você terá nesse álbum um mapa que te guiará pelas estrelas, as mesmas que iluminam as estradas percorridas pelo duo nômade pernambucano. Um trabalhou sério com 12 faixas incríveis pensadas, desenhadas e aprimoradas ao longo dos últimos três, quatro anos. Um passeio rumo ao infinito que há fora, mas principalmente dentro de você. Desafiando sua cognição e trazendo cura instantânea através da música, com familiaridade e estranhamento mixados na medida certa. Infinitas também são as referências que podem se manifestar nas percussões e nas frequências emanadas pra te envolver e transformar seu pensamento. Lendo assim, nem parece música. Escutando você vai perceber que vai muito além. Surpreenda-se!

LAMPARINA – ORIGINAL BRASIL

Esse foi um ano para celebrar a volta ao normal e a retomada do nosso orgulho patriota. E não estamos falando de política, mas de ARTE E CULTURA. Quem ama o Brasil de verdade tem marquinha de chinelo no pé e sabe valorizar o que nosso país tem de melhor. Como tatuagem a Lamparina marcou a música brasileira com um repertório que ativa nossa memória afetiva proporcionalmente à ativação dos nossos quadris e ombrinhos. É pra dançar, é pra amar, é pra se divertir e sorrir com a carinha de sol saudável! Uma mistura de sons que no primeiro play já vira trilha sonora da sua vida.

GABY AMARANTOS – TECNOSHOW

O primeiro Grammy Latino do Norte do Brasil é dela! São mais de 20 anos de trabalho consumados no álbum que relembra sua carreira cantando na banda de tecnobrega que dá nome à obra. As faixas são o puro suco, ou melhor, Tacacá do Pará. Meia hora de hits que fizeram a cabeça e embalaram a vida de milhares de pessoas, numa conversa sincera entre a periferia e o centro, o precário e o luxuoso, o que é cult e o que pode não ser . Gaby virou até trilha de novela e hoje segue inventando e impressionando em suas performances, como no icônico show do Afropunk. Esse álbum é ideal pra garantir a energia da sua festa, mas também pra fazer aquele plano de fundo estimulante no cotidiano.

RICO DALASAM – ESCURO BRILHANTE, Último Dia no Orfanato Tia Guga

Sem palavras para descrever mais essa obra de arte do Rico. Que ele expõe até as entranhas em suas músicas, rimando gírias, manias e palavras improváveis com golpes fortes no racismo e na homofobia, a gente já sabe. Mas você pensou que depois de “Dolores Dala Guardião do Alívio” e “Fim das Tentativas” ele não superaria o impressionante? Sério! Sem folga! Na sonoridade o contínuo dançante-romântico-melancólico que já vem apresentando, com doses reforçadas de suingue e grandes apostas de hits. Dá vontade de falar de faixa por faixa. O álbum acabou de sair e já performa em alta em sua discografia.

ELZA SOARES – NO TEMPO DA INTOLERÂNCIA

Ela cantou até o fim.. E essa não será a última vez que um álbum inédito dessa lenda será listado. Este é apenas o primeiro completamente autoral, com produção de Rafael Ramos. Uma grande perda para a música brasileira e também para a luta antirracista. Mas uma semente que dará zilhões de frutos nesta e nas próximas gerações.

A vontade é de comentar cada obra e defender sua importância nessa lista, como a (re)ativação de “Admirável Chip Novo” da Pitty com participações incríveis, ou o encontro de ANCHIETX, Cupertino e Leo Guima no trio Os Garotin, ou ainda as produções inéditas de Rachel Reis, Marcelo D2, Cynthia Luz ou quem sabe até a volta do Jaloo….

Mas agora é com você: confira mais 10 destaques desse ano e outros 80 álbuns e eps, incluindo sessions e versões ao vivo imperdíveis, pra revisar suas playlists e confirmar o que já passou por sua orelha em 2023. Ainda dá tempo de escutar aqueles que você deixou pra trás… Na sequência lançaremos a lista de Clipes e de Músicas do ano!

 

GABRIEL O PENSADOR – ANTÍDOTO PRA TODO TIPO DE VENENO

MAJUR – ARRISCA

MARCELO TOFANI – FANTASIA DE UM AMOR PERFEITO

KIRÁ – OLHO AÇUDE

OS GAROTIN – LIVE SESSION

MAHMUNDI – AMOR FATI

PITTY – ADMIRÁVEL CHIP NOVO (RE)ATIVADO

FRANCISCO EL HOMBRE – 10 AÑOS

CHAMAT – SAL

LUIZA LIAN – 7 ESTRELAS/QUEM ARRANCOU O CÉU?

Racionais – 3 Décadas
Urias – Her Mind
Cynthia Luz – Afetropia
Martinho da Vila – Negra Ópera
Djonga – Inocente “Demotape”
Glória Groove – Futuro Fluxo
131 – Babel
Martins – Interessante e Obsceno
Puro Suco – Cacau
Carlos do Complexo – NTGM
BAKA – Emo nas Bahamas
Rachel Reis – Macaco Sessions
Wado – O Clube dos Jovens de Ontem
Attoxxa – Groove
dadá Joãozinho – tds bem Global
Akhi Huna – Urubu Arrebata
Vanessa da Mata – Vem Doce
Canto Cego – Canto Cego
Duda Beat – Te Amo Lá Fora
Hariel – Alma Imortal
Ebony – Terapia
Fleezus – Off Mode
Silva e Liniker – Ao Vivo
Lagum – Depois do Fim
Tuyo – Acústico
Carol Biazin – Reversa
Zé Ibarra – Marquês 256
Marcelo D2 – Iboru
Jaloo – Mau
Xande de Pilares – Xande Canta Caetano
Maneva – Tudo Vira Reggae
Tagua Tagua – Tanto
Froid – OgEMr
Mari Fernandez – Ao Vivo em São Paulo
João Gomes – De Norte a Sul
Terno Rei – Bside Gêmeos
FBC – O Perdão, o Amor e a Tecnologia
Zeca Baleiro – O Samba Não é de Ninguém
Filipe Ret – RFXV
Rubel – As Palavras
Black Pantera – Griô
Ian Ramil – Tetein
Kilotones – A Terra Brasilis Brasilerô
Day Limns – Vênus Netuno
Ana Frango Elétrico – Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua
Detonautas – 20 Anos
Facção Caipira e Posada – Facção e Posada
Clarice Falcão – Truque
Plutão Já Foi Planeta – Plutão Já Foi Planeta
Supercombo – Ilumina Sonastério
Letrux – Letrux como mulher girafa
Mãeana – Mãeana canta João Gomes
Zimbra – Recortes
Os Tincoãs – Canto Coral Afro-Brasileiro
Lucas Mamede – Já Ouviu Falar de Amor?
Chitãozinho e Xororó e Milton Nascimento – Outros Cantos
Filipe Catto – Beleza São Coisas Acesas Por Dentro
Tícia – Sagrada e Profana
Pabblo Vittar – After
Planet Hemp – Jardineiros: A Colheita
Luccas Carlos – Dois
Mariana Cavanellas – DNA
Coruja BC – Versão Brasileira
Ekena – 35
Sofia Chablau – Máquina do Esquecimento
MC Dricka – Mega da Rainha
Ryck – Criatura (Deluxe)
Iara Rennó – Orí Okàn
Julia Branco – Baby Blue
Fino Coletivo – Carnaval dos Espíritos
Bruna Lucchesi – Quem Faz Amor Faz Barulho
Bixiga 70 – Vapor
Jards Macalé – Coração Bifurcado
Marcelo Jeneci – Caravana Sairé
Rodrigo Ogi – Aleatoriamente
Ava Rocha – Néktar
Jonathan Ferr – Liberdade
Febem – BRIME! (Deluxe)
Dudu Tarcísio – Na Raça e Sozinho
Letícia Fialho e Murica – O Que Restou da Maravilha

SEU ÁLBUM/EP NÃO TÁ NA LISTA?! INDIQUE NOS COMENTÁRIOS A SEGUIR OU EM @PORTALMAISBRASIL

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