SAL: A Essência Brasileira de Liza Lou em Sua Jornada Espiritual e Musical

 SAL: A Essência Brasileira de Liza Lou em Sua Jornada Espiritual e Musical

Foto: Divulgação

“SAL é o retrato do Brasil na minha visão. Eu sou nascida e criada em São Gonçalo (Rio de Janeiro) e muito da minha personalidade foi desenvolvida nas vivências cariocas. O álbum fala sobre amor, vivência, espiritualidade, processos difíceis, cultura e liberdade. Foram dois anos de muita busca por referências, cultura brasileira, ritmos, viagens – pela cidade e Brasil, autodescoberta e processos internos. Todos os clipes e referenciais visuais do projeto (figurino, maquiagem, cabelo, cores, capa, fotos, expressão) tem inspiração na arte, artesanato e na mulher brasileira.” (Liza Lou)

Liza Lou é cantora, compositora e atriz. Prestes a concluir sua formação pela Faculdade CAL de Artes Cênicas, Liza é uma artista pronta, já tendo inclusive dividido palco com gigantes da música brasileira, como Caetano Veloso, Milton Nascimento, Sandra de Sá, Maria Bethânia, Djavan e Seu Jorge. Muito influenciada pelo POP, MPB e R&B, transita pelos estilos musicais em suas composições. Sua formação artística contempla estudo da voz, piano popular e trabalho corporal através da dança e artes cênicas.

Com uma maturidade surpreendente, Liza vem mostrando sua identidade ao público em lançamentos que transitam entre músicas solo e parcerias. Entre seus lançamentos estão o feat com Kiaz, “Amor por Segundo”, que já ultrapassa dois milhões de streamings, tendo inclusive chamado a atenção de artistas com Anitta, que cantou sua música em seu stories do Instagram, e “Me deixa te Amar”, que com pouco mais de um ano de lançamento, já ultrapassou a marca de 1,5 milhão de streamings.

Na produção musical do álbum está Ariel Donato, um dos produtores mais aclamados e respeitados da cena urbana nacional. Multi-instrumentista e arranjador formado pela UNIRIO, conta com mais de 2,5 milhões de ouvintes mensais no Spotify e já assinou faixas com grandes nomes da música nacional, como Ludmilla, Filipe Ret, Mc Cabelinho e Tz da Coronel.

Faixa a Faixa por Liza Lou

*POR ONDE COMEÇAR*

A música é uma metáfora. Algumas pessoas vão ouvir e achar que a lírica retrata uma paixão, mas na verdade, eu quis contar sobre o encontro com a minha espiritualidade, como caminho e conexão. E essa forma foi a maneira em que escolhi para começar o meu primeiro álbum, no resgate da espiritualidade ancestral, trazendo a metáfora – uma característica latente na música popular brasileira. A representação da intuição (e/ou espiritualidade) misturada a um afrobeat me deu a possibilidade sonora de deixar a música mais leve.

*BIQUININ DE ONÇA*

É um dos “shots” de empoderamento do álbum. Eu costumo dizer que é minha música de apresentação, na ideia e no papo. Ela conta de onde eu vim, quem eu sou e sonoramente me remete a uma musicalidade que cresci ouvindo, mas de uma forma atual.

*TEMPERIN*

Essa música é uma experimentação gostosa. Eu quis expressar a alma carioca vivendo um dia de praia, com uma visão mais “suburbana”. O clipe traduz exatamente a sensação que é “Temperin”. Visualmente e sonoramente, eu sai da minha zona de conforto, explorando minha voz em outras vertentes, flertando com um outro gênero e atuando no clipe. É a soma de tudo que já vivi e enxerguei, com um olhar caricato e engraçado.

*SAL*

Carrega o nome do álbum porque ela representa uma parte da minha personalidade, que é a vivência da mulher comum. “Sal” é um hino para todas as mulheres comuns, que estão longe de serem uma diva pop, mas que dentro da sua trajetória individual, é uma verdadeira heroína. Eu conto a história de uma mulher forte, que já passou por muita coisa, rala muito pra ter o seu pão de cada dia, mas no final do dia, só quer sair e se divertir com as suas amigas, pra esquecer um pouco das dores da vida. A escolha dos feats foi pautada no que eu gostaria que essas artistas representassem para a mulher comum, então eu trouxe três artistas, contando comigo, que estão nesse processo de subida da vida, que é repleta por desafios e quedas. Sonoramente, eu trouxe um amapiano (gênero novo de música sul-africana) despretensioso que vai envolver o coração de quem ouvir a música. “Sal” é papo reto, corre e certeza de que tudo vai dar certo. Muita gente vai se conectar com essa mensagem, não tenho dúvidas.

*CARAMBOLAR*

Tem muita referência sonora do nordeste somado a uma lírica e vivência cariocas. Gravei o clipe numa feira, com a participação de Marcelo Mello Jr (o Arcanjo Renegado). Optamos por mais uma vez trazer referências brasileiras pra essa identidade visual. Imprimimos uma estética tropical, cheia de frutas, sol e muito calor concordando exatamente com a sensação que a música transmite.

*QUANDO CÊ VEM*

É a minha parte sonhadora e romântica. É aquele som que fala da chegada de um amor leve e gostoso que todo mundo quer, mas que atualmente se tornou uma raridade. Basicamente, é meu ascendente em peixes (haha) que ama viver um conto de fadas. É um grito da minha criança interior. No processo de desenvolvimento do álbum, essa música se tornou muito especial, pois se tornou tema do meu relacionamento.

*NÓS 3*

Não tinha como criar um álbum que tivesse referências e raízes no Brasil, sendo carioca, sem colocar um gênero que foi criado por nós: BOSSA NOVA. Diferente do que ouvimos com as bossas mais famosas, que costuma trazer positividade e esperança, eu quis que a minha bossa tivesse uma sofrência – nada mais Brasil, rs. “Nós 3” é um desabafo, é mágoa e desilusão. É um processo de dor que eu acredito que todo mundo passa pela vida. Ela aponta um caminho de verdade, intenção e gênero que eu quero muito seguir em lançamentos futuros.

*PECADINHO*

É um rompimento com um padrão de conduta que fui ensinada. Ela representa uma parte de mim, onde eu vivo todos os meus sonhos, desejos e sensualidade, sem julgamentos. É expressão. É um grito de liberdade. Penso, falo, me expresso, sou.

 

*SABE DE ONDE EU SOU*

Surgiu de uma necessidade de me apresentar para o mercado e o público com um olhar de homenagem, respeito e idealizado. O Rio de Janeiro foi um dos principais estados a desenvolverem gêneros e culturas que ganharam o Brasil e o mundo, e eu sou muito grata de ter me desenvolvido como artista em uma cidade tão rica culturalmente. Eu acredito em um Rio onde a cultura e educação salvam a população das desigualdades sociais. Por isso eu trouxe uma visão idealista e potencializando as belezas.

 

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