‘Para nós, o pop punk é consciente’: Banda Nuna renova a cena emo com paixão e muita brasilidade
Banda Nuna (Rodrigo Pysi)
A NUNA se prepara para mais um lançamento em maio, a faixa “Velha Jaqueta”, e quer deixar seu nome marcado no mercado do pop punk com a ajuda da produção de Tadeu Patolla — o produtor de hits do Charlie Brown Jr. Além de uma nova identidade visual e da mudança de nome do grupo, a busca por um som mais autoral ficou completa nessa jornada.
Sem deixar a brasilidade de lado, o grupo formado por Manu Fair, Sullivan, Nicko Farolli e Marcelo Ferrara pontua que o país está presente de algumas formas em seus hits: “A brasilidade vem de nossa letra em português do Brasil e com algumas novas canções onde buscamos sonoridades de acordes que remete muito às tradições da música brasileira”. Representantes do pop punk, eles declaram: “Para nós (o gênero) é consciente e pretendemos ser o mais orgânico possível.”
Além do próximo lançamento e de outros previstos para os próximos meses, o grupo afirma que o rebranding aconteceu por conta da ajuda de Patolla e da entrada de Bruno Graveto na bateria. O grupo elogiou e mostrou entusiasmo por ambos: “Tadeu na produção e Bruno Graveto na bateria nos mostraram muito além da criatividade artística e musical: muito profissionalismo e processos que nos ajudaram a entender e absorver, de forma mais rápida, o que uma banda precisa ter e ser para encarar uma carreira musical com longevidade.”
Leia a entrevista completa abaixo com Marcelo Ferrara, guitarrista:
MAIS BRASIL (MB): A nova fase da NUNA aposta em um som pop punk moderno, mas gostaríamos de saber o que vocês diriam sobre “brasilidade” dentro da proposta de vocês?
NUNA: “A brasilidade vem de nossa letra em português do Brasil e com algumas novas canções onde buscamos sonoridades de acordes que remetem muito às tradições da música brasileira, mas sempre buscando um som atual.”
MB: Com novos lançamentos programados ao longo deste ano, como vocês estão planejando conectar essas faixas musicalmente e tematicamente?
NUNA: “Essas faixas sempre serão conectadas pelo DNA sonoro da banda. Os temas serão de nossas experiências passadas, do presente e do que entendemos que pode acontecer.”
MB: Como a parceria com Tadeu Patolla e Bruno Graveto enriqueceu a produção? Eles ajudaram a trazer alguma nova camada ao som da banda?
NUNA: “Para uma banda muito nova como a nossa, ainda com muito a criar e se desenvolver, foi a melhor coisa que podia acontecer nesse momento. Tadeu na produção e Bruno Graveto na bateria nos mostraram muito além da criatividade artística e musical: muito profissionalismo e processos que nos ajudaram a entender e absorver, de forma mais rápida, o que uma banda precisa ter e ser para encarar uma carreira musical com longevidade.”
MB: A escolha por manter o estilo pop punk foi consciente ou orgânica, diante das influências que vocês carregam?
NUNA: “O pop punk para nós é consciente e pretendemos ser o mais orgânico possível. A partir dele, pretendemos evoluir musicalmente sem rótulos ou estilos, buscando sempre enriquecer nosso repertório musical e de público.”
MB: Vocês têm uma trajetória que começou nos festivais alternativos. O novo som mantém esse espírito de palco e energia ao vivo?
NUNA: “Sim, a grande maioria dos nossos sons sempre terá a intenção de manter a energia ao vivo. Pensamos na banda para ter um show pra cima sempre. Teremos canções mais calmas também, que acrescentarão ao repertório, mas o show será sempre energético.”
MB: Existe intenção de incorporar ritmos ou elementos mais brasileiros nos próximos trabalhos?
NUNA: “Estamos abertos a todos os ritmos e gêneros que possam agregar em nosso crescimento, deixando sempre essa parte de criação livre e espontânea para o que vier no momento. A ideia é sempre ter alguma novidade sonora também.”
MB: Qual o papel das letras nas novas músicas? A ideia é seguir o tom confessional e emocional que marcou trabalhos anteriores? E o que vocês podem adiantar do que vem por aí?
NUNA: “As letras da banda NUNA, assim como suas melodias e vozes marcantes, terão sempre papel principal no projeto. Nesses próximos dois lançamentos seguiremos esse tom de novos ares a seguir e mudanças, mas já flertando com a história de duas pessoas com vidas diferentes que se cruzam apenas uma vez em suas vidas, como será em ‘Outro Lugar’, terceiro lançamento dessa nova fase após o lançamento de ‘Velha Jaqueta’, programado para dia 09/05 em todas as plataformas.”
