Nosso Sonho: como Claudinho e Buchecha entraram pra história

 Nosso Sonho: como Claudinho e Buchecha entraram pra história

Os bastidores dos hits Só Love, Quero Te Encontrar e Fico Assim Sem Você

Não dá pra falar de funk sem citar Claudinho e Buchecha. A carreira, que veio antes do advento das mídias digitais, tinha poucos registros. Até então. Está em cartaz o filme Nosso Sonho, que vai contar a trajetória da dupla.

Pioneiros do funk melody carioca, os amigos de São Gonçalo explodiram no Brasil em 1990, mas o projeto teve fim precoce com a morte de um de seus integrantes. O sobrevivente passou três anos em depressão, reativou sua carreira musical e foi peça importante na construção do filme.

Com Juan Paiva interpretando Buchecha e Lucas Penteado o Claudinho, tendo o Morro do Salgueiro como um de seus mais importantes cenários, o filme mostra o passo a passo da dupla. A fórmula escolhida falava de amizade, amor e diversão de forma leve, sem nem usar palavrões. Um funk diferente, que abriu portas para a popularização e aceitação do ritmo no Brasil. Lellê interpreta a namorada de Buchecha, Rosana (hoje esposa) e Flávia Souza a tia Natalina.

 

Em 13 de julho de 2002, ao voltar de um show, Claudinho sofreu acidente de carro de Loren/SP para o Rio. Vinte anos depois o filme chega para emocionar, mostrar a simplicidade e humildade da dupla, enquanto revela a importância que suas músicas e todo o estilo tiveram na cultura brasileira.

Buchecha que carrega até hoje o legado, revisitou o passado e vários dos momentos marcantes para a dupla. Como em suas turnês ou na criação dos passinhos de dança. O que o filme retrata muito bem e propõe uma visão de Claudinho, aos olhos do amigo, como muito mais do que um parceiro de trabalho.

Com direção de Eduardo Albergaria e roteiro por Albergaria, Fernando Velasco, Mauricio Lissovsky e Daniel Dias, o filme já começou a ser exibido nos cinemas de todo o Brasil.

Felipe Qualquer

https://escutaqueebom.com

Comunicador, curador e podcaster na @escutaqueebom; No rádio desde moleque, está no ar na Rádio Cultura de Brasília; pesquisa o universo da música e escuta de tudo. Foi Head de Estratégia da Music2Mynd e Diretor de Comunicação do S.O.M, canal de música da Mídia Ninja. Em MG atuou nas rádios Minas, Nova e 94FM. Em Brasília passou por MIX FM, Transamérica e Rede Clube. Escreveu para os jornais Gazeta do Oeste e O Popular e Revista ShowBar. Produtor cultural desde 2010 com trabalhos no festival EcoMusic, Rua do Rock, Usina de Rima, Grito Rock, Festa Nacional da Cerveja, Toma Rock, Transamérica Convida, No Setor e Cervejaria Criolina. Estudou Comunicação e Teoria, Crítica e História da Arte na UnB.

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