Com empurrão de Elis, Fagner leva ouro em sua estreia
Em 1972, Elis Regina gravou “Mucuripe”, parceria de Fagner com Belchior. Elis era boa nisso: descobrir novos compositores (Fagner tinha 23 anos). Isso abriu as portas de Fagner para gravar seu primeiro disco, em 1973. Manera Fru Fru Manera mistura rock, bossa nova e já fez parte do conceito de “MPB”, surgido pouco tempo antes.
O disco traz uma forte presença de baladas sentimentais sobre o nordeste brasileiro (“Último Pau de Arara”, “Penas do Tiê”, a própria “Mucuripe”…), além da adaptação de “Serenou na Madrugada”, canção que faz parte do folclore da região.
Tem também “Nasci Para Chorar”, uma versão de Erasmo Carlos para “Born to Cry”, gravada por Roberto em 1964, auge da Jovem Guarda. Já “Canteiros”, até hoje, é uma das músicas mais bonitas de todo o repertório de Fagner – talvez perca para “Deslizes”, mas isso é assunto para outro post.
Manera Fru Fru Manera é o ponta-pé inicial de uma carreira que conseguiu unir o sucesso comercial/popular com o reconhecimento da crítica. Fagner comemorou os 40 anos desse disco com um show baseado nesse repertório, chegando a se apresentar na Virada Cultural de São Paulo.
Fagner – Manera Fru Fru Manera
- Último Pau de Arara
- Nasci para Chorar (Born to Cry)
- Penas do Tiê
- Mucuripe
- Como se Fosse
- Sina
- Canteiros
- Moto 1
- Tambores
- Serenou na Madrugada
- Manera Fru Fru, Manera
- Não Pulo Uma Faixa é um site cofundado pelo jornalista Marcos Lauro e que se dedica a falar sobre discos perfeitos, daqueles que ouvimos por inteiro. Semanalmente, ocupará esse espaço no Portal Mais Brasil com discos brasileiros que marcaram época.